O mundo segundo a Monsanto



Por Débora Diniz
A Monsanto é uma multinacional especializada na produção insumos geneticamente modificados, atualmente ela é uma potência no mercado de biotecnologia, instalada em 67 países.
A multinacional se apresenta como uma empresa ecológica cujo o compromisso é proporcionar a produção de alimentos em larga escala, sob o pretexto de gerar empregos e alimentar os povos disseminados até nas áreas mais remotas do globo.
Além disso, a empresa aduz que possui um corpo técnico de cientistas especializados, que atuam em nome do desenvolvimento de pesquisas para aprimorar seus produtos e ao mesmo tempo garantir a preservação ambiental.

Contudo, o que a realidade evidencia é que os produtos criados em laboratórios pela empresa causam muito mais custos do que benefícios. Esses custos são pagos com a vida e a saúde dos trabalhadores, das populações que vivem nas proximidades das áreas de cultivos e de descarte dos produtos, bem como, dos consumidores desses alimentos. Não bastando os malefícios à qualidade de vida de milhares de pessoas através da exposição a esses produtos, eles prejudicam também na mesma medida a fauna e a flora, e tão logo, o meio ambiente como um todo.
Em que pese as pesquisas financiadas pela Monsanto demonstrarem que os transgênicos comercializados pela multinacional são ecológicos e inofensivos, o documentário “O mundo segundo a Monsanto” foi realizado justamento para provar o contrário.
No documentário investigativo noticiado, produzido pela jornalista francesa Marie- Monique Robin, o que se nota é que, através de pesquisas independentes, os cientistas não vinculados à Monsanto denunciam as verdadeiras consequências das práticas incentivadas pela empresa.
Os prejuízos oriundos da utilização dos insumos geneticamente modificados incluem a manifestação de doenças em razão da toxidade dos produtos, através da poluição e da contaminação rios, e ainda, afeta às pessoas expostas ao degradar o meio ambiente em que elas estão inseridas, visto que, a poluição deflagra também na ameaça das espécies nativas, que servem de alimento e fonte de renda.
Destarte, nota-se com isso que a real preocupação da iniciativa da multinacional não é com as causas sociais e o meio ambiente, mas, com seu próprio lucro. E em nome disso, vem devastando a fauna flora ao longo de todo o planeta em prol de sua consolidação no mercado, e com essa pretensão, corrompeu governos e ocultou anos de degradação ambiental.
Dessa forma, o grande obstáculo para frear a atuação inescrupulosa da empresa, contudo, repousa na inércia da iniciativa pública, que detêm poder e recursos para impedir essa atividade tal como ela se apresenta, e além disso, não sendo suficientemente desidiosos, muitas vezes os agentes públicos posicionaram-se de forma conivente diante de pressão política e econômica exercida pela multinacional.
Emerge assim que, é fundamental reavaliarmos a nossa conduta enquanto seres humanos, afinal, quando a ética sucumbe, nos tornamos meros consumidores irracionais e desmedidos, e quem perde com isso é a humanidade.

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.